domingo, 24 de novembro de 2013

Estresse e felicidade

O Caderno Especial de Domingo (CED) do Jornal de Itatiba (JI) de hoje publicou uma reportagem da qual participei como psicóloga sobre a busca pela felicidade e o estresse.




O estresse no fim do ano em razão das festividades e a busca pela felicidade

Qual seu nome completo e função? Stella Calvi Franco Penteado, psicóloga clínica.

1) “Hoje, a felicidade é considerada o destino último da humanidade e quem não acreditar nisso talvez nem humano seja”. Isso é o que reza o senso comum de nossa época. PRECISAMOS ser felizes, aliás, NECESSITAMOS ser mais felizes que os outros. 

a) Por que temos a “necessidade” de ser feliz ou como o próprio senso comum diz: ser mais feliz que os outros? 
R: Na verdade, essa busca pela felicidade é muito antiga e as sociedades sempre discutiram o conceito de se “ser feliz”. Entretanto, as diversas mudanças aos longos dos anos fizeram com que essa “busca” ficasse mais explícita. Principalmente com a internet e com as redes sociais, se tem a necessidade de mostrar que a MINHA vida é perfeita e que EU sou mais feliz do que VOCÊ.
Não deixa de ser uma maneira de autoafirmação das pessoas, uma necessidade de passar uma imagem positiva da sua vida para os outros.
Dessa forma, mesmo o conceito de felicidade sendo algo subjetivo, ligado ao bem-estar, satisfação, conforto, prazer e tendo sentimentos positivos maiores que os negativos, ela hoje se tornou passível de comparações e de comentários.     
                                                                                                  
b) Por que parece que em dezembro a “necessidade de buscar/alcançar” tal felicidade aumenta? É uma forma de “renovar” as energias para o novo ano que se aproxima?
R: Dezembro, como o último mês do ano, é considerado o mês do fechamento, das conclusões, do “balanço” do ano, então essa busca aumenta, pois é a última chance no ano de se sentir feliz e, portanto, satisfeito e vitorioso de se ter atingido a meta pessoal principal: a felicidade.
Além disso, as pessoas acreditam que não adianta ser feliz durante o ano todo, se isso não acontecer em dezembro, porque vai parecer que não se foi feliz, já que o ano está terminando mal.
Todo mundo também deseja terminar o ano feliz para que o próximo ano comece assim, dando a ilusão que assim será durante os próximos 12 meses.

2) Apesar da busca pela felicidade neste período aumentar, dezembro também pode ser considerado o mês do estresse, o qual parece ser “transmissível”: todo mundo pega.

a) Por que o dezembro é um mês de grande estresse?
R: O mês de dezembro é um mês estressante, pois é o último mês, as pessoas tiveram doze meses de atividades intensas e estão esgotadas.
Nenhum projeto é iniciado em dezembro, só finalizado nele.
O calor intenso, provas finais, apresentações de encerramentos, as tarefas que precisam ser terminadas até as festas de fins de anos aumentam o cansaço. Além disso, as confraternizações, viagens, encontros familiares, organizações de festas, gastos com presentes também causam problemas.
É um mês atípico, mais curto devido aos feriados, porém repleto de atividades diferentes e estressantes. E a impaciência e pressa que se instaura são contagiosas, difícil é manter a calma nesse contexto.

b) Quais as possíveis consequências que este período de estresse pode desencadear? Comente. 
R: O estresse em excesso em qualquer época do ano é ruim, ele influência de forma negativa a saúde física e mental das pessoas e nesse período, ele pode ser ainda pior, já que o indivíduo precisa estar bem para atingir suas metas pessoais e profissionais.
As suas principais possíveis consequências são: irritabilidade excessiva, esquecimentos, dificuldades de concentração, sensação de cansaço físico e mental, angustia, ansiedade, insônia ou sono em excesso, dor de estômago, problemas de pele, pressão alta, pânico, depressão, aftas, bruxismo, roer unhas, suor excessivo, dentre outras.

3) Vivemos angustiados porque não nos desapegamos do passado e não paramos de pensar no e o futuro. 

a) É possível afirma que o estresse pode ser combatido, portanto, quando se esquece o passado e o futuro?
R: Uma das formas de se combater o estresse é em psicoterapia trabalhando os pensamentos, pois é sabido que a maneira que a pessoa pensa, afeta o modo como ela sente e, consequentemente, influencia a sua atitude de reação à vida, o seu comportamento.
Assim, existem indivíduos que são verdadeiras “fábricas de estresses” de acordo como pensam, sentem e agem.
Uma pessoa que vive intensamente o passado ou que é ansiosa, pensando demasiadamente no futuro, acaba se angustiando, sofrendo e se esquecendo do presente. Nesse caso, ela se focar no presente poderá sim diminuir o estresse.  

b) Como lidar e evitar com o estresse neste período (dezembro/fim do ano)? Dê dicas.
R: A situação em si não poderá ser alterada, já que o fim do ano é por si só um período estressante, então a pessoa deverá se adaptar a ela, tentando minimizar o estresse da seguinte forma:
- Fazer exercícios físicos;
- Ter uma alimentação saudável;
- Realizar técnicas de relaxamento;
- Fazer atividades que lhe dão prazer e relaxam como ouvir música, sair com os amigos, assistir um filme, ler um livro, brincar com os filhos, ir a missa, fazer uma massagem, passear com o cachorro, viajar, realizar um trabalho voluntário, fazer um curso de culinária/artesanato/pintura/idioma etc.
- Manter a estabilidade emocional: fazer psicoterapia ajuda muito nesse processo.

4) O Movimento Slow - que propõe ralentar o fast-food que contaminou todas as instâncias de nossa existência - é outra boa saída para o pega pra capar de dezembro. O Slow propõe atalhos que aparentemente parecerão mais lentos, porém o tempo comprovará que podem, na verdade, suscitar uma economia de tempo. Para que comer um hambúrguer em 5 minutos, só para economizar mais tempo para o trabalho? Cozinhar a própria comida e fruí-la com seus amigos poderá economizar horas e até dias em um futuro hospital. 

a) Destaque a importância, portanto, de manter a calma. Quais os benefícios físicos e psicológicos?
R: O ideal seria que todas as pessoas não se estressassem demasiadamente, principalmente com situações insignificantes, pois manter a calma apresenta vários benefícios em todos os aspectos da vida.
Por exemplo, quem mantem a calma tem a capacidade de analisar melhor as situações em seu redor e, como consequência, a pessoa toma decisões mais seguras, e acertadas. Consegue agir mais pela razão e não só pela emoção.
Além disso, um indivíduo calmo é paciente e persistente, ou seja, quando os estressados e ansiosos desistiram da situação, ele continua ali até achar uma solução.
Dessa forma, a combinação: calma+paciência+persistência é uma fórmula de sucesso.
No quesito físico, manter a calma diminui a incidência de diversos sintomas ruins como pressão alta, taquicardia, sudorese em excesso, insônia, dentre outros, proporcionando um bem estar global. Na parte psicológica, a pessoa pensa, sente e age de maneira mais equilibrada, sensata e consegue analisar melhor todas as possibilidades e resoluções que aquela determinada situação proporciona.
Enfim, manter a calma é ideal para que o corpo e a mente estejam em equilíbrio.

5) CONTRAFLUXO - Vai pegar fila nestas férias: leve um livro. Quer extravasar, soltar a frustração represada: manda bala. Perdeu o voo? Se acomode nas poltronas do aeroporto e tire um cochilo. 

a) Pode-se dizer que é importante buscar o contrafluxo neste período? Saber ver o lado positivo das situações ajuda a diminuir o estresse?
R: É muito importante buscar o contrafluxo, principalmente nesse período de fim de ano, quando o estresse aumenta. Uma pessoa que consegue no meio do “caos” manter a calma, desacelerar e ainda aproveitar a situação ruim a transformando em algo prazeroso ou pelo menos não incômoda, certamente diminuirá muito seu sofrimento, angustia e irritação.
Se todo mundo conseguisse pensar, agir e sentir-se assim, as sociedades atuais estariam menos apressadas e estressadas.
O pensamento positivo é sim um elemento contribuinte de diminuição do estresse, pois quando alguém vê o lado bom das coisas, sente-se feliz, evita que os pensamentos negativos se sobressaiam, consequentemente não irá se estressar com a situação inicialmente desfavorável.

b) Quais as dicas que você deixa para este caso?
R: Realmente o fim de ano não é uma das épocas mais fáceis de se enfrentar, mas é uma escolha de cada um encará-la de uma forma positiva ou negativa. Com planejamento, organização e atenção a saúde física e mental, poderá ser um período gratificante, de finalização de atividades, conquistas e comemorações.
As pessoas devem sempre pensar, sentir e agir com equilíbrio em todas as áreas das suas vidas, cuidando da alimentação, fazendo exercícios físicos, tendo um sono tranquilo, relaxando e cuidando dos seus aspectos emocionais.

Enfim, apesar da felicidade ser subjetiva, com um estilo de vida equilibrado, evitando o sedentarismo, má alimentação, descontrole financeiro, consumo exagerado, cultivo de pensamentos, sentimentos e comportamentos negativos, ela poderá ficar mais perto de “ser conquistada” e, mais importante, sem necessidade de demonstração nas redes sociais e de comparação com a felicidade alheia!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Revista: Inesquecível Casamento


Hoje comemoramos 7 meses de casados e coincidentemente recebemos pelo correio a última edição da Revista Inesquecível Casamento (SP) (onde nosso casamento foi publicado).


Os responsáveis entraram em contato para autorização, após um fornecedor nos indicar e eles gostarem das fotos, tanto que foram eles que as escolheram e é claro, escreveram a reportagem.



Na versão online tem outras fotos e da para ler direitinho a matéria, assim como a lista de todos os profissionais que participaram do evento:





















Confesso que achei no mínimo estranho o meu casamento em uma dessas revistas do ramo nas bancas/livrarias (eu não fui uma noiva muito tradicional), a parte boa é que é mais uma recordação do grande dia :-)