segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Espanha

Passei o Carnaval em família na Espanha. Como eram poucos dias, desbravamos bem Madri e Barcelona e ainda realizamos um bate-volta para Toledo.

Eu já havia estado no país quando era criança e fizemos, nas férias de Janeiro, uma viagem de carro por Espanha e Portugal, mas pouco me lembrava das cidades!

- Madri: a capital do país é clássica, visitamos diversos pontos turísticos como: Museus do Prado e Reina Sofia (onde tem o painel Guernica do Picasso), Parque do retiro, Palácio Real, Porta de Alcalá, Gran Vía e Catedral de la Almudena. A dica é começar a caminhada na Plaza Mayor ou na Puerta del Sol. Também fomos ver o jogo: Real Madrid 2 X 0 La Coruña no Santiago Bernabéu e assistimos um show de Flamenco no Casapatas!




- Toledo: é a cidade das pedras, declarado patrimônio histórico mundial e é um museu a céu aberto, linda, cheia de castelos, igrejas, sinagogas e mesquitas, vale a pena dar uma passadinha lá!



- Barcelona: uma das minhas cidades preferidas para visitar (juntamente com Londres, Nova Iorque e São Paulo). Andamos bastante pelas Ramblas, pelos mercados e pelos bairros medievais, vimos as fachadas modernistas e obras de Gaudí, passeamos pelo Parque Güel e por Montijuïc. 
Quando visitei a cidade pela 1a vez estavam construindo a Sagrada Família e ainda hoje, depois de anos, ela não está pronta!
Além disto, fomos assistir no Camp Nou Barcelona 0 X 1 Málaga.





Informações Gerais:

- Fomos em Fevereiro então o clima estava friozinho, porém bem suportável. Madri fazia em média 10C e Barcelona 15C.
- Da para usar somente transporte público nas duas cidades e anda-se muito a pé;
- O idioma é super tranquilo.
-A comida é deliciosa, muito jamon, paella, frutos do mar, risotos, fondue, pãezinhos...
- Nas 2 cidades alugamos apartamentos excelentes e bem localizados, valeu a pena para nós que estávamos em 6.
- Voamos com a Air Europa e adoramos.
- Nos identificamos bastante com a cultura do país!


PS: Sempre tentamos doar um exemplar do livro "O tear e a cidade" do vô do Felipe pelas bibliotecas por onde passamos e conseguimos na Biblioteca Nacional da Espanha (em Madri) e na Sant Pau-Santa Creu (Biblioteca da Catalunha em Barcelona) ;-)


Link para saber mais:


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Participação em um programa de rádio da FACCAMP

No fim do ano passado, fui entrevistada em um programa de rádio de um TCC do curso de jornalismo da Faccamp sobre o tema do uso indevido de aplicativos de comunicação como compartilhamento de fotos e vídeos pessoais íntimos.



Algumas questões relevantes da entrevista: 

- Por que as pessoas sentem a necessidade de filmar o ato sexual?
R: Filmar o ato sexual é um fetiche para algumas pessoas. Sem contar que atualmente o culto a imagem está em evidencia, sendo o exibicionismo de fotos ou vídeos íntimos um reflexo dessa situação. Também compartilhar a intimidade pode servir como um meio de aproximação entre as pessoas.
Principalmente os adolescentes buscam popularidade nessa exposição ilimitada e ignoram as consequências de filmar um ato sexual, por exemplo. Além disso, os jovens apresentam um comportamento de rebeldia, afrontando os limites impostos pelos adultos e querendo chocar a sociedade. Dessa forma, essa autoexposição faz parte do seu processo de autoafirmação e amadurecimento. Constantemente esse comportamento só mascara uma pessoa com autoestima baixa e insegura.
Um exemplo dessa realidade é uma “competição” que vem acontecendo na internet. Os adolescentes gravam as suas relações sexuais, exibem as filmagens no YouTube e o ganhador será quem tiver mais visualizações.
Outro exemplo é o fenômeno chamado “Sexting” (adolescentes utilizam os celulares, sites de relacionamentos, contas de e-mails etc para tirar e mandar fotos sensuais para amigos e namorados).

- Por que os jovens, em especial os rapazes, gostam de apreciar e compartilhar vídeos pornôs, sejam eles profissionais ou caseiros? Qual a necessidade psicológica?
R: Um indivíduo que busca a pornografia (ou especificamente os vídeos pornôs) geralmente é pelo prazer e pela excitação, é um voyeurismo, ou seja, ele tenta realizar as suas próprias fantasias por meio de outras pessoas.
Nos jovens essa atividade é frequente, pois é mais fácil para um adolescente viver no mundo imaginário, já que ele está passando por uma fase complicada e de muita insegurança.  Assim, é viável procurar uma satisfação sexual online onde ele não tem que se expor e lidar com uma rejeição.
O anonimato proporcionado pelo computador faz com que a pessoa possa assumir outra personalidade e realize as suas fantasias inimagináveis no mundo real. Ou seja, é frequente que as frustrações do cotidiano contribuam para a procura da pornografia. O problema é que na internet tudo é ilusório.


- Em casos onde um vídeo particular seja disseminado, quais aspectos psicológicos a pessoa do vídeo pode ser atingida? É possível resultar em um suicídio?
R: É muito difícil para uma pessoa que não autorizou a divulgação do seu vídeo íntimo lidar com essa exposição e isso é bastante frequente. Muitas vezes é um conhecido que disseminou a gravação, fato que só aumenta a decepção e a raiva de ter sua intimidade violada. Além disso, as meninas sofrem mais que os meninos nessa situação pela desigualdade sexual existente na sociedade.
Para os adolescentes esse momento é ainda mais complicado do que para os adultos, pois eles estão em uma fase de desenvolvimento, construindo a sua personalidade e amadurecendo. Por isso mesmo eles podem não aguentar a pressão.
Muitas famílias se mudam de cidades ou estados para que o jovem possa recomeçar a sua vida e tentar esquecer toda a humilhação e julgamento sofrido.
O apoio da família e dos amigos é de fundamental importância, além da procura de um profissional da psicologia para auxiliar a vítima no enfrentamento desse acontecimento.
Cada indivíduo interpreta e lida de uma maneira com os eventos da vida, alguns podem ficar deprimidos, outros com crises de ansiedade e uma minoria, em decorrência também de outros fatores existentes, pode sim cometer um suicídio, existindo relatos de episódios que tragicamente terminaram assim.


- O grande compartilhamento pode se referir a uma era da sociedade onde os indivíduos não se colocam no lugar do outro antes de determinada ação? Falta empatia?
R: Realmente hoje vivemos em uma sociedade da individualidade, as pessoas não se preocupam com os outros, de modo geral são egoístas e falta empatia. Se cada um que compartilhasse um vídeo íntimo se colocasse no lugar da vítima, certamente agiria de maneira diferente.

- Pode ser considerado algum problema psicológico a necessidade em ter esses vídeos próximos e de fácil acesso?
R: O vicio em pornografia (vídeos pornôs) deve ser tratado já que ele causa prejuízos para a pessoa que acaba se isolando do mundo real. É comum ter relatos de abalo das relações conjugais e familiares e problemas no trabalho. A pornografia vira uma fuga, ela é a única fonte de prazer do indivíduo que não enfrenta as suas dificuldades e não lida com as suas frustrações.
Enfim, se as coisas estiverem fugindo do controle é recomendável procurar um psicólogo para compreender a necessidade de se ter esse intenso acesso a pornografia.