sábado, 24 de agosto de 2013

Limites

Tive o prazer de participar como psicóloga da 2a semana do bebê de Morungaba. Ministrei 3 palestras sobre o tema "Limites" para os pais com filhos na educação infantil da cidade.



Alguns pontos principais sobre o assunto:
- É muito importante o papel da família na educação das crianças.
- Os pais são os exemplos dos filhos.
- As crianças arquivam diariamente os comportamentos dos seus pais, sejam eles inteligentes ou estúpidos. Muitos pais falam coisas maravilhosas para seus filhos, mas têm péssimas reações na frente deles.


- Os pais devem estar interessados na vida dos filhos, sempre deixando um tempo exclusivamente para eles, seja para conversarem, brincarem juntos ou realizarem outra atividade.
- Os pais devem assumir a responsabilidade dos seus papéis de educadores, não devem brigar na frente de seus filhos.


- Alguns motivos do assunto ser tão discutido hoje em dia: as relações entre pais e filhos se modificaram; os pais trabalham fora e criam certa insegurança sobre si mesmos e sua capacidade de serem bons pais, acabam fazendo tudo que a criança quer, como uma forma de compensar a ausência; as crianças tem cada vez menos tempo para serem crianças, pois são inseridas em um mundo de adultos muito cedo.

- Regras de educação: colocar limites é fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros; dizer “sim”, sempre que possível, e “não” sempre que necessário; mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não, ensinar a tolerar pequenas frustrações agora, para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade.


- Muitos pais pensam de forma incorreta que dar limites é bater nos filhos, ser autoritário, gritar com as crianças para ser atendido, deixar de explicar o “porque” das coisas, apenas impondo “a lei do mais forte“.


- Alguns erros dos pais: criar cardápio especial (só com o que o filho gosta); ceder aos ataques de birra; explicar-se demais; impor muitas atividades às crianças; comprar coisas desnecessárias; medicar os filhos por conta própria; acreditar que eles não estão prestando atenção nas conversas dos adultos; achar que eles não entendem o que os pais dizem por serem pequenos.


- Como os pais devem agir: procurar ser claro, tranquilo e firme ao explicar à criança uma situação, tentar fazê-la entender como as outras pessoas se sentem quando ela age de maneira inconveniente; demonstrar que não gostou do comportamento, mas o quanto gosta dela; jamais se desautorizar ou desautorizar outro adulto que lida constantemente com a criança.




- As crianças precisam de limites e de adultos no comando.
- Motivos das birras feitas pelas crianças: para chamar a atenção, porque ela não se sente suficientemente aceita pelos outros e porque não se sente compreendida.
- Como controlar as birras: não ceder; não a alimentar; não se sentir culpado; entender que quanto mais novo, maior a birra; e deixar a criança sem “plateia” para o seu “show”.  
- “Castigos”: devem ser coerentes, adequados à gravidade do ato, aplicados de imediato e não podem ser físicos ou chantagens emocionais.


- Cantinho do pensamento/reflexão: as regras devem ser estabelecidas; se a criança desobedecer a alguma das regras, dá-se uma advertência pra que ela saiba que está fazendo algo errado. Se a criança continuar desobedecendo, deve ser mandada para o “cantinho”. Ele pode ser um banquinho, um pufe, um tapetinho ou um canto mesmo. Deve deixá-la ali durante um minuto para cada ano de idade, convidando-a a refletir sobre o que fez. Quando acabar, volta e pergunta: ‘Você sabe por que está aqui? Então, peça desculpas’. Dá um beijo, um abraço e libera para brincar.


- Método do incentivo: todo fim de dia, os pais sentam com os filhos e avaliam o comportamento. Se cumpriram o combinado, ganham estrelinhas no quadro. No fim de semana, conforme o que alcançaram, eles têm um prêmio.
- Dicas de educação: recompensar bons comportamentos, não recompensar maus comportamentos e “castigar” maus comportamentos com o cantinho do pensamento, por exemplo.



- Pontos indispensáveis na hora de colocar limites: clareza nas mensagens; limites consistentes e razoáveis; firmeza nas decisões; desaprovar o comportamento, não a criança; explicar o motivo da regra; também dizer sim; permitir a opinião das crianças; limitar só as condutas e não sentimentos; apelar para as consequências naturais e lógicas.


- Enfim, educar não é fácil, mas quando há amor, carinho e compreensão em uma casa, não existe a necessidade de uma lei contra agressão física e contra a agressão verbal. O que existe é diálogo, confiança, limites e respeito.
- Os pais são os educadores primeiros e fundamentais. A escola só complementa a educação que os alunos trazem de casa.
- Cada filho é único e as ações educativas devem ser personalizadas.
- Buscar ajuda profissional é o mais indicado quando se percebe algo “anormal”.



Têm alguns vídeos do evento:

- Vídeo completo do 1o dia:

- Vídeo com os 10 minutos iniciais do 2o dia:

- Vídeo com a metade da palestra do 3o dia:

O fantástico mostrou um quadro de simulação sobre esse tema:
http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/camera-escondida-revela-a-reacao-das-pessoas-entre-conversa-de-mae-e-filha/2735513/

Fica a dica para esse assunto tão importante!

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