1. Quais as causas do terror noturno (TN)?
R: As causas do terror noturno não são totalmente conhecidas. Existe uma corrente que aponta a imaturidade do sistema nervoso central como uma hipótese, mas há outra que indica que o TN estaria relacionado com alterações de fases do sono. Existem ainda estudos que indicam que a ansiedade, depressão e estresse podem desencadear o problema, além de alguns medicamentos ou do estado febril.
2. Quais
os sintomas?
R: Os sintomas mais comuns são: despertar repentino (principalmente no
1o terço do sono), gritos, pânico, agitação, gemidos, confusão, sudorese e
taquicardia. A criança se comporta como se estivesse em perigo e continua amedrontada, não reconhecendo
as pessoas e, ao acordar, não se lembra do que aconteceu. Além de apresentar,
em alguns casos, sonambulismo e agressividade.
3. Muitas crianças apresentam o distúrbio?
R: 3% da população infantil apresenta o
terror noturno.
4.Qual idade é mais afetada pela síndrome? Existe alguma
faixa etária em que o TN se apresente?
R: Não há uma idade padrão para ocorrência deste transtorno, entretanto o
terror noturno acomete mais frequentemente as crianças em idade pré-escolar, ou
seja, aquelas de 2 a 5 anos. Mas pode acontecer em bebês, crianças mais velhas,
adolescentes e até adultos.
5. Adultos
também são afetados?
R: Raramente, menos de 1% dos adultos é
afetado pelo transtorno.
6. Quais
as consequências?
R: Geralmente o terror noturno, apesar de ser
caracterizado como um transtorno do sono e parecer assustador no momento que ocorre,
é benigno, ou seja, não causa danos ao desenvolvimento infantil. São raras as situações em que a criança tem mais de um evento por noite, o
que poderia gerar consequências físicas ou psicológicas.
7. Como
é feita a detecção do TN?
R: A detecção desse transtorno normalmente é feita através dos sintomas relatados pelos pais ou responsáveis
que presenciaram os episódios de terror noturno (despertar repentino, agitação,
gritos, suores, calafrios, excitação, confusão, dificuldade para ser acordado e
amnésia sobre o evento).
8. Existe
algum tipo de medida contra o TN?
R: Algumas
medidas devem ser adotadas quando o terror noturno se faz presente como:
atenção à alimentação, regularidade da hora do sono, suspensão de medicamentos
que tenham como efeitos colaterais transtornos do sono e minimização de
momentos estressantes ou ansiosos proporcionando amparo físico e emocional a
criança.
9. Existe
alguma doença que tenha os mesmos sintomas do TN?
R: O terror noturno é classificado como uma "parassônia" (caracterizada
por comportamentos, alterações e manifestações peculiares que acontecem durante o sono), assim como o sonambulismo e o pesadelo que podem ser confundidos com ele. Porém o terror noturno apresenta diferenças do
pesadelo por acontecer no começo do sono, não fazer a criança despertar e não
deixar lembrança posterior. Já com relação ao sonambulismo, durante uma crise
de terror noturno, a criança não apenas fala e caminha enquanto dorme, mas apresenta
medo, excitação e agressividade.
10. Como
é feito o tratamento?
R: O tratamento do terror noturno normalmente
acontece depois de uma avaliação médica e psicológica para identificar se a criança
está ansiosa ou estressada ou se tem uma alimentação adequada e uma rotina de
sono tranquila. Tendo em vista que esse distúrbio não costuma causar danos, é
feita apenas uma orientação aos pais ou responsáveis que se deparam com os
episódios, já que as próprias crianças não se lembram do acontecido.
11. O
tratamento é feito com psicólogo? Todos os casos precisam de tratamento?
R: A maioria dos casos não precisa de
tratamento, embora o ideal é que a criança passe por uma avaliação. Os
pediatras são, por diversas vezes, os primeiros a serem procurados e então
encaminham o paciente mirim ao psicólogo para uma avaliação psicológica, além
da orientação e suporte da família. Caso a criança apresente ansiedade e estresse
que possam estar desencadeando o terror noturno, a psicoterapia é fundamental
para que ela compreenda os seus sentimentos. Além da família entender que o apoio
dela é importante em todo o processo para o paciente se sentir seguro e amado.
12. Quais
tipos de tratamentos alternativos podem ser usados nos casos de TN (se há)?
R:
Algumas vezes, quando a criança tem um episódio de terror noturno, ela pode se
machucar ou ferir outras pessoas e nesses casos intensos podem ser utilizados,
a curto prazo, medicamentos que são administrados na hora de dormir como os
benzodiazepínicos ou antidepressivos tricíclicos. Alguns terapeutas utilizam técnicas de hipnose e biofeedback
e existem dispositivos eletrônicos confeccionados para despertar o paciente, quando
as movimentações corporais indicam que haverá um episódio de terror noturno,
por meio de um alarme de som alto. Crianças podem ser carregadas e acalmadas
com movimentos e falas sutis, nunca deve-se tentar acordá-las.
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